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“Mudança: algo natural que pode gerar dor e dificuldade se aplicarmos resistência.”
Nas arrumações da quarentena me deparei com um dos vários livros ainda não lidos, e decidi que iria fazer essa leitura diferente que não era sobre constelação.
Título interessante “Atreva-se torne-se quem você é” da incrível e saudosa Dulce Magalhães, e então me perguntei, “será que sei quem realmente sou?”
Descobrir quem sou nestes tempos confesso ser um grande convite. Cada dia tenho me atrevido um pouco mais, fazendo algo novo e as vezes não fazendo nada, me permitindo o ócio tão desejado em outros tempos. Tenho me alegrado em perceber que sou boa em tantas coisas que julguei não ser, e que novas aptidões se apresentam, como essa agora de escrever.
Às vezes tenho apenas esperado, com amor, o novo passo a ser dado.
Descobri também, que esse livro em questão foi me dado de presente por uma pessoa não tão próxima mas muito especial, Elisabete Sarvan, que me apresentou as constelações familiares.
Ao tomar o livro em minhas mãos, percebo que existe um capítulo duplicado com o título “Mudança: algo natural que pode gerar dor e dificuldade se aplicarmos resistência.” Me dou conta então de não ser apenas uma coincidência, ou um erro, e sim um sinal, um alerta para o despertar, uma reafirmação da mudança tão necessária e as vezes temerária que sinto no peito.
E o livro segue me presenteando dizendo, “A boa notícia é que a mudança é uma luz interna que se acende e, aos poucos, ilumina tudo dentro de nós, até ser tão grande que ilumina e modifica tudo fora também.”
Atenta para tudo que a vida tem me dado, olho para o lado e vejo uma pena desenhada na capa do meu caderno de anotações, olho para o livro em questão e na capa dele penas também, e ao meu lado um filtro de sonhos que ainda ontem reformei trocando suas penas.
Me preparo então para o próximo capítulo do livro e da vida, pois o título continua sendo um presente “Crisálida: da crise ao período de transição entre o passado e o futuro, entre o que era e o que será.”
Tudo isso me dá recursos, junto as penas a minha volta e reforço minhas asas, e então me rendo, desisto e deixo ir as resistências que teimam em me rodear quando no novo se faz.
Agora já posso voar, do meu jeito e no meu tempo, me atrevendo a ser quem sou.
Eliane Kuhn
Facilitando Caminhos